terça-feira, 10 de maio de 2011

Já não era sem tempo... Proibido uso de pele nos desfiles brasileiros


Até que enfim resolveram proibir o uso de peles nos desfiles aqui no Brasil, depois da edição de inverno 2011 do Fashion Rio, em que diversas marcas brasileiras usaram peles de animais como coelho e chinchila (Colcci, no detalhe), o deputado federal Weliton Prado, do PT de Minas Gerais, apresentou em fevereiro um projeto de lei que visa proibir o uso de peles de animais silvestres, domésticos ou domesticados, sejam eles nativos ou exóticos, em eventos de moda no Brasil. A pena prevista é de reclusão de um a três anos e multa. Para o político, a criminalização do uso destas peles nos desfiles será uma forma de não incentivar sua comercialização.
Prado lembra que o comércio de peles já é proibido nos Estados Unidos e na Itália desde 2000. A União Européia proíbe o comércio de produtos oriundos de pele de cães e gatos.

Na verdade já não gostei de saber que a tendência desse inverno era pele, até por que aqui no Brasil chega ser um exagero o uso delas (exceto alguns lugares), falou- se bastante em adaptar-se ao clima brasileiro e como houve grande repercussão sobre as peles sintéticas, acreditei que as marcas brasileiras teriam o bom senso de não usar peles nas coleções.

O PL (projeto de lei) 684/2011 afirma: Para as organizações de defesa dos animais, mais do que injustificada - há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função -, a atividade é extremamente cruel. O sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores - as focas, por exemplo, são mortas a pauladas na cabeça, para não danificar a pele. Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele.

O projeto foi acompanhado de outro, o PL 689/2011, que prevê a realização de campanhas educativas que sugiram materiais alternativos ao da pele, como tricôs e peles sintéticas. De acordo com o deputado, os projetos fazem parte de um plano de conscientização ambiental. “Essa questão é muito nova no Brasil, as pessoas estão começando a despertar agora para a preservação do meio ambiente e para a proteção dos animais. Aqui no Brasil, não existe nenhuma justificativa para o uso de peles, ainda mais com o nosso clima”, ressalta.

Após aprovados pela Comissão de Meio Ambiente, as propostas serão analisadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois de passarem pelas duas comissões, seguem para avaliação da presidente Dilma. Por possuírem caráter conclusivo, se forem aprovados, viram lei instantaneamente, pois não precisam passar por votação na Câmara dos Deputados.

A medida tem boas chances de ser aprovada, devido aos mais recentes acontecimentos envolvendo marcas como Arezzo, Iódice e Le Lis Blanc, que usaram e foram altamente reprovadas pela população via redes sociais. Arezzo, Colcci e Iódice se comprometeram a não utilizar mais peles naturais, já Le Lis Blanc fez um comunicado no qual garante que todas suas peles possuem certificado e são oriundas de frigoríficos que vendem a carne para fins alimentícios.
A Oslo Fashion Week (Semana de Moda da Noruega) foi o primeiro evento a proibir a exibição de peles animais e recebeu o apoio da elite de moda local.

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